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Especialidades

Neurocirurgia

A Neurocirurgia é a especialidade cirúrgica dedicada a tratamentos de adultos e crianças portadores de doenças ou lesões do cérebro, coluna, medula e nervos periféricos.

Aneurisma cerebral

O aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso sanguíneos, por enfraquecimento local de sua parede, que na maioria das vezes está associada ao uso do cigarro, hipertensão arterial, trauma, infecções ou ainda de origem congênita. Caso o aneurisma venha a romper-se, há sangramento para o espaço que está ao redor do vaso (espaço subaracnóide), que pode ser acompanhado de complicações graves como vasoespasmo (estreitamento de vasos), hidrocefalia (acúmulo de líquido dentro do crânio), com risco de sequelas neurológicas e de vida. Após a ruptura de um aneurisma, o paciente necessita de internação em ambiente de UTI e ser avaliado por um médico especialista para definir o tratamento. Se um aneurisma é descoberto antes de se romper, os riscos que decorrem de seu tratamento são baixos. Para o tratamento dos aneurismas cerebrais, existem como alternativas a clipagem através de microcirurgia e a embolização por via endovascular, semelhante a um cateterismo. Cada caso deve ser analisado por uma equipe interdisciplinar para decisão de qual melhor opção de tratamento.

Malformação de Chiari

A malformação de Chiari (ou Chiari tipo I) é uma alteração que ocorre na junção do crânio com o pescoço. As alterações na forma e localização de estruturas do sistema nervoso são detectadas em exames específicos diante da suspeita médica ou quando realizados para outro fim e detectam a malformação. Essa deformidade está relacionada a alterações na circulação normal do líquido cefalorraquidiano, um componente normal do sistema nervoso. Os sintomas são bastante variados desde dores de cabeça com um padrão específico até problemas de força, sensibilidade, dificuldade de equilíbrio, dificuldade para engolir, entre outros. Vários pacientes, por outro lado, apresentam essa alteração no exame de imagem sem qualquer sintoma e muitas vezes não precisam de tratamento específico. A avaliação com um especialista é importante para definir se o paciente precisa de tratamento ou qual o momento ideal para realizá-lo, evitando piora dos sintomas e evolução para déficits graves. O tratamento cirúrgico, quando bem indicado, apresenta normalmente resultados bastante satisfatórios na resolução dos sintomas.

Neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo é uma dor intensa, na metade da face, que dura alguns segundos e pode ser desencadeada por estímulos sensitivos como o vento, escovação dos dentes, ao se alimentar ou mesmo ao tocar a face. A dor é sentida como choque, pontada ou agulhada e frequentemente leva o paciente a procurar auxílio médico. As causas são variadas: desde vasos que pulsam junto ao nervo dentro do crânio até infecções, tumores e doenças como esclerose múltipla. O tratamento, normalmente, é feito com medicamentos, entretanto, há casos em que recorre-se a cirurgia, que tem alto índice de sucesso. Ser avaliado por um especialista é fundamental para saber o melhor tratamento a ser usado. Em alguns casos, é possível alcançar a cura da doença.

Síndrome do túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo é uma doença comum em que ocorre a compressão do nervo mediano, na sua passagem por um canal no punho. O principal fator de risco é a atividade com movimentos repetitivos e frequentes do punho. Diversas doenças podem aumentar o risco, mesmo em pessoas que não realizam movimentos repetitivos, como, por exemplo, obesidade, diabetes, doenças da tireoide, deficiência de vitamina, doenças reumatológicas. Os sintomas clássicos são dor, formigamento e perda da sensibilidade na mão. Somente a avaliação de um especialista pode definir o tratamento mais adequado para cada caso. A maioria dos pacientes é tratado com fisioterapia e medicações. Mas, quando o comprometimento é grave ou se não melhora com tratamento conservador, indica-se o tratamento cirúrgico. O procedimento consiste na descompressão do nervo por um pequeno corte sob anestesia local tendo resultados muito satisfatórios.

Tumores do sistema nervoso

Tumores surgem a partir do crescimento anormal das células. Quando essa doença acontece no sistema nervoso pode levar à lesão de estruturas (sejam do cérebro, medula ou nervos) ou compressão do sistema nervoso contra o osso que o protege (seja o crânio ou a coluna vertebral) ou estruturas que estão ao seu redor, às vezes até envolvendo-as. Os tumores dessa região podem ser benignos ou malignos. Mesmos sendo benignos, às vezes precisam de tratamento por comprimir estruturas nervosas e causar sintomas, dependendo da localização em que se encontram. Os tumores quando se originam do próprio sistema nervoso são chamados primários (por exemplo gliomas, meningiomas, schwannomas) e quando vem para o cérebro disseminados a partir de outros locais são chamados de secundários, conhecidos como metástases. Os sintomas são bastante variados e dependem da localização. Podem provocar fraquezas, alterações de sensibilidade, de fala, convulsões, alterações de comportamento, dor de cabeça, entre outros. O tratamento dos tumores que envolvem o sistema nervoso pode ser com cirurgia, radiocirurgia, radioterapia ou quimioterapia, dependendo do tipo de célula de que se origina e da sua localização. Atualmente, existem diversas ferramentas tecnológicas que tornam as cirurgias dos tumores do sistema nervoso mais seguras e eficientes no tratamento do paciente. A avaliação por um profissional especializado é fundamental para que seja determinado o melhor tratamento para cada caso específico.

Neurologia

A Neurologia é uma especialidade médica voltada para o diagnóstico e o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, cerebelo, medula espinhal e nervos) e doenças que atingem os músculos e nervos.

AVC

O AVC, Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, é uma doença bastante incidente na população. No Brasil, a doença é a segunda principal causa de morte e a que mais causa incapacidade permanente. Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, a incidência é maior em pessoas idosas. Alguns fatores aumentam as chances do paciente sofrer um acidente vascular cerebral, tais como: dislipidemia, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Outros fatores aumentam o risco do AVC, como traumatismos, dissecções vasculares, arritmias cardíacas e trombofilias.

Os sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados, podendo se apresentar com fraqueza muscular, alteração da fala/linguagem, paralisia facial, alterações sensitivas, distúrbios do equilíbrio e alterações visuais. A doença pode também dar sinais de alarme, que são sintomas como os descrito acima, que duram, geralmente, 24 horas, podendo reverter-se em até 1 hora após o início dos sintomas. A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além de redução de incapacidades.

Demências

A expectativa de vida da população brasileira e mundial está crescendo e com isso aumenta as chances de surgimento das doenças neurodegenerativas. Nesse grupo, estão as doenças que podem comprometer a cognição, gerando disfunções progressivas que culminam com demência. As demências impactam negativamente a qualidade de vida do paciente, as mais comuns afetam a memória, o comportamento, a execução, o raciocínio, o visuo-espacial e a linguagem. A doença de Alzheimer, por exemplo, é a principal causa de demência no mundo. O médico neurologista, munido de história clínica e avaliação neuropsicológica, tem o papel de detectar precocemente sinais de disfunção cognitiva  podendo assim propor tratamento, como também orientar os familiares e cuidadores sobre as peculiaridades da doença.

Distúrbios do sono

Os transtornos do sono estão entre as queixas mais frequentes entre os pacientes que procuram um médico neurologista. O baixo rendimento do sono prejudica o desempenho e impacta negativamente o cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. Os transtornos do sono podem ser causados por alterações funcionais encefálicas, como também por alterações estruturais que comprometem a função respiratória. São fatores que contribuem para o aparecimento dos distúrbio: sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse, transtorno de humor, uso de substâncias estimulantes ou medicamentos. Os distúrbios do sono podem incluir transtorno do sono não REM (fase do sono profundo), transtornos do sono REM, insônia inicial ou de manutenção, atraso ou antecipação de fase, pesadelos, terror noturno, transtorno comportamental do sono REM e narcolepsia. A história clínica do paciente e exames neurofisiológicos ajudam o médico neurologista no diagnóstico.

Doenças desmielinizantes

As doenças desmielizantes podem comprometer tanto o sistema nervoso central quanto o periférico. A Esclerose Múltipla (EM), a Neuromielite óptica (NMO), que acometem o sistema nervoso central, e a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), que compromete o sistema nervoso periférico, são doenças desmielizantes. Basicamente, esse grupo de doenças danificam a camada de mielina que reveste as células do sistema nervoso. Os pacientes que apresentam EM e NMO podem apresentar alterações de acuidade visual (neurite óptica), como também alterações medulares, que englobam disfunções motoras, sensitivas e autonômicas. Os indivíduos com SGB classicamente podem apresentar perda de força muscular de membros inferiores, que inicia pelo pés, evoluindo com comprometimento de caráter ascendente, acometendo os membros superiores e a musculatura respiratória. O médico neurologista é o especialista recomendado na avaliação de paciente com suspeitas de doenças desmielinizantes.

Dor de cabeça

A cefaleia ou dor de cabeça está entre as queixas mais comuns ao médico neurologista. Para parte da população, a dor de cabeça é um problema de saúde significativo. As cefaleias podem ser classificadas como primárias ou secundárias. Dentre as dores de cabeça primárias, as mais comuns são a enxaqueca (migrânea) e a cefaleia do tipo tensional, que também são as causas mais comuns de ausência de indivíduos tanto na escola como do trabalho. As cefaleias são secundárias quando relacionadas a outras doenças, como traumatismos cranianos, doenças degenerativas da coluna cervical, dores miofasciais crânio-cervicais, malformações vasculares, neuralgias cranianas. O médico neurologista possui um papel fundamental na avaliação dos indivíduos com cefaleia, orientando sobre a investigação adequada, tratamento e acompanhamento.

Epilepsia

As epilepsias acometem 1% da população mundial, englobando indivíduos de todas as idades. Podem ser de origem genética ou adquiridas ao longo da vida. Apresentam-se de forma bastante variada, que incluem crises de movimentos bruscos nos membros superiores e inferiores, associadas a perda do nível de consciência, como também com sintomas menos exuberantes que incluem parada comportamental, movimentos sutis de olhos, lábios e faces, alterações de sensibilidade e alucinações visuais. Os indivíduos com epilepsia podem apresentar comprometimento cognitivo em graus variados e distúrbios do desenvolvimento neuropsicomotor, que impacta ainda mais sobre a qualidade de vida. O médico neurologista possui função essencial relacionada ao diagnóstico do tipo de epilepsia, orientando os pacientes quanto às possibilidades de tratamento e ao prognóstico.

Neuropatias periféricas

As neuropatias periféricas também estão entre os motivos mais comuns de consultas ao médico neurologista. Os sinais e sintomas da neuropatia periférica dependem principalmente do nervo que foi lesado, podendo apresentar-se com fraqueza, alteração do tônus muscular, câimbras ou outras formas de contrações musculares involuntárias, além de alterações sensitivas tipo dormência, formigamento, queimação, agulhadas e ferroadas. E podem ocorrer com disfunções autonômicas, que incluem alteração de cor, temperatura e edema dos membros. As neuropatias periféricas podem comprometer tanto os membros superiores quanto os inferiores, como também os nervos cranianos, gerando fraqueza nos músculos da face, dores orofaciais e cranianas ou alterações na movimentação dos músculos externos dos olhos. A intensidade dos sintomas pode exercer impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. O médico neurologista possui papel fundamental na investigação clínica, podendo lançar mão de exames complementares laboratoriais e neurofisiológicos, com isso possibilitando tratamento adequado da doença.

Tontura e Vertigem

Tonturas e vertigens são a segunda maior causa na busca por um médico neurologista. Podem apresentar-se de várias formas, como sensação de tontura não rotatória ou de caráter rotatório ou escurecimento visual ao mudar a posição corporal ou também como se estivesse oscilando o tempo todo. Pode ser de curta duração ou prolongada, crise única ou recorrente, leve ou intensa, acompanhada de náuseas ou vômitos. Além de sintomas semelhantes a outras queixas neurológicas, como zumbidos, alterações da acuidade auditiva ou de outras funções de nervos cranianos e disfunções neurológicas centrais. Dentre as causas mais comuns para tonturas e vertigens, está a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) e o AVC de região bulbar dorso-lateral. A principal função do médico neurologista é diferenciar os sintomas de tontura/vertigem de origem do sistema nervoso periférico dos de origem do sistema nervoso central, garantindo o melhor tratamento dos sintomas, correção das causas e prevenção de recorrências.

Transtornos do movimento

Os transtornos do movimento incluem os distúrbios hipercinéticos ou hipercinesias e os distúrbios hipocinéticos ou hipocinesias, no qual os primeiros aumentam a quantidade de movimento e os segundos a reduzem. A Doença de Parkinson é a principal representante dos distúrbios hipocinéticos ou hipocinesias. Devido a heterogeneidade das apresentações, o médico neurologista é fundamental para avaliações pormenorizadas de pacientes com esses distúrbios. Os movimentos involuntários podem afetar o desempenho diário dos indivíduos no cotidiano, impactando na qualidade de vida.

Exames

Além do exame clínico realizado pelos médicos neurologista e neurocirurgião, outros exames são importantes para o checkup neurológico. É por meio deste, que o médico pode confirmar um diagnóstico, descartar algumas doenças ou se antecipar a condições silenciosas, aplicando a abordagem que melhor couber ao paciente.

Confira abaixo os exames que o NOZ realiza.

Doppler Transcraniano

O exame utiliza a técnica de ultrassonografia (Efeito Doppler) para o estudo de vasos sanguíneos de maior importância para o cérebro. Não é exame invasivo e não apresenta efeito tóxico/radioativo, podendo ser repetido quantas vezes for necessário. Durante o exame, o paciente permanece deitado e é aplicado um gel na região a ser avaliada. Um componente do equipamento ligado a um computador é aplicado sobre a pele nas regiões de interesse e as imagens são analisadas no monitor. O exame indicado na avaliação de doenças e complicações que envolvem os vasos sanguíneos cerebrais como Acidente Vascular Cerebral (AVC), na identificação de risco de AVC isquêmico em crianças com Anemia Falciforme, na detecção de oclusão ou estreitamentos (estenoses) da circulação cerebral, em casos de aneurismas cerebrais rotos, na investigação de alguns tipos de tonturas, entre outros.

Eletroencefalograma

O eletroencefalograma é um exame complementar que avalia a atividade elétrica gerada pelo cérebro através de eletrodos (adesivos) posicionados sobre o couro cabeludo. Geralmente, é solicitado para diagnóstico e acompanhamento de doenças, como: epilepsia, alterações da consciência, demências, entre outras. Diferente dos exames de imagem, que mostram a anatomia do sistema nervoso, o eletroencefalograma mostra seu funcionamento. Em geral, é realizado com o paciente acordado, sendo feitos testes como abrir e fechar os olhos, estimulação luminosa, sonora ou respiratória, dependendo da indicação do exame. Outras modalidades do exame podem ter variações do tempo de duração ou protocolos de avaliação, e serão solicitados pelo médico de acordo com a indicação clínica em cada caso.

Eletroneuromiografia

Este exame é indicado para avaliação da função dos nervos desde sua origem, junto à medula, até sua união com o músculo. Pode ser realizado para estudo de membros inferiores, superiores ou face. Durante o exame, os nervos são estimulados através de um estímulo elétrico, que provoca uma sensação sobre a pele semelhante a uma breve “beliscada”, enquanto eletrodos-adesivos captam a atividade elétrica transmitida pelo estímulo através do nervo em estudo. Também é feito estudo dos músculos com a introdução de uma agulha muito fina e maleável, que realiza o registro da atividade do músculo em repouso e durante sua contração. Nessa parte do exame não há estímulo elétrico. Existem variações do exame como o Teste de Estimulação Repetitiva e a Miografia de Fibra Única, que são utilizados para diagnóstico de doenças específicas.