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Saiba como o seu estado emocional pode estar ligado a dores de cabeça e dor na coluna

Quando o assunto é dor na coluna, é comum o problema ser associado à má postura, à idade, aos fatores genéticos, além de doenças ou fraturas. Já no caso das dores de cabeça ou cefaleia pode-se pensar também em distúrbios oftalmológicos, hipertensão arterial, entre outros. No entanto, a ansiedade, o estresse e até a depressão podem gerar dores crônicas no crânio e na coluna cervical. São as chamadas doenças psicossomáticas, ou seja, transtornos da mente que manifestam sintomas físicos.

Pesquisas recentes demonstram que 9 entre 10 brasileiros, no mercado de trabalho, sofrem de ansiedade – seja ela do grau mais leve ao incapacitante. E quase metade (47%) tem algum nível de depressão. Além disso, o estresse é o terceiro motivo que mais provoca afastamentos do trabalho por mais de 15 dias, de acordo com dados da Previdência Social.

Pessoas que não têm períodos de relaxamento, isto é, que não se “desestressam”, mantêm os músculos do corpo, e principalmente do tronco, em contração contínua, mesmo sem movimento do corpo, geram um consumo exacerbado de oxigênio, levando a alterações do metabolismo que causam aumento do ácido lático, principal causador das dores musculares.

Atualmente, a dor na coluna está entre as três principais queixas nos atendimentos feitos nos consultórios médicos e acomete quase 80% das pessoas na vida adulta, sendo ainda causa principal de afastamento do trabalho. Essa prevalência vem aumentando ainda mais nos dias de hoje em decorrência da obesidade, do sedentarismo, do aumento da vida média da população e de hábitos como o tabagismo.

Já a cefaleia, não menos incapacitante, também possui íntima relação com o quadro psicológico dos pacientes. Sintomas como ansiedade, transtornos depressivos e insônia podem servir como causa e/ou consequência da dor. Tais alterações precisam ser cuidadosamente observadas e o paciente deve ser inserido em um atendimento multidisciplinar focando no bem-estar e na qualidade de vida.

Além do médico neurologista, profissionais da psicologia, psiquiatria, medicina do sono, fisioterapia e terapia ocupacional desempenham papel primordial no tratamento da dor e visam o retorno do paciente às suas atividades diárias.

Por causa da falta de informação, a somatização pode gerar preconceito e a ideia de que a doença é “coisa da cabeça” do paciente, como se não existisse um problema físico ou a pessoa pudesse controlá-lo, se quisesse. Por isso, é muito comum o paciente não buscar ajuda por se sentir envergonhado ou culpado pelos sintomas que apresenta. Os sinais, no entanto, não devem ser ignorados. Provavelmente, todo mundo já somatizou algum problema – uma dor de cabeça no dia de uma prova ou um desarranjo intestinal em alguma situação de estresse. Quando os sintomas são frequentes ou intensos a ponto de interferir na vida diária e comprometer a rotina, é preciso procurar ajuda.

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