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Neurologia

A Neurologia é uma especialidade médica voltada para o diagnóstico e o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, cerebelo, medula espinhal e nervos) e doenças que atingem os músculos e nervos.

AVC

O AVC, Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, é uma doença bastante incidente na população. No Brasil, a doença é a segunda principal causa de morte e a que mais causa incapacidade permanente. Ainda que um AVC possa surgir em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, a incidência é maior em pessoas idosas. Alguns fatores aumentam as chances do paciente sofrer um acidente vascular cerebral, tais como: dislipidemia, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Outros fatores aumentam o risco do AVC, como traumatismos, dissecções vasculares, arritmias cardíacas e trombofilias.

Os sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados, podendo se apresentar com fraqueza muscular, alteração da fala/linguagem, paralisia facial, alterações sensitivas, distúrbios do equilíbrio e alterações visuais. A doença pode também dar sinais de alarme, que são sintomas como os descrito acima, que duram, geralmente, 24 horas, podendo reverter-se em até 1 hora após o início dos sintomas. A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além de redução de incapacidades.

Demências

A expectativa de vida da população brasileira e mundial está crescendo e com isso aumenta as chances de surgimento das doenças neurodegenerativas. Nesse grupo, estão as doenças que podem comprometer a cognição, gerando disfunções progressivas que culminam com demência. As demências impactam negativamente a qualidade de vida do paciente, as mais comuns afetam a memória, o comportamento, a execução, o raciocínio, o visuo-espacial e a linguagem. A doença de Alzheimer, por exemplo, é a principal causa de demência no mundo. O médico neurologista, munido de história clínica e avaliação neuropsicológica, tem o papel de detectar precocemente sinais de disfunção cognitiva  podendo assim propor tratamento, como também orientar os familiares e cuidadores sobre as peculiaridades da doença.

Distúrbios do sono

Os transtornos do sono estão entre as queixas mais frequentes entre os pacientes que procuram um médico neurologista. O baixo rendimento do sono prejudica o desempenho e impacta negativamente o cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. Os transtornos do sono podem ser causados por alterações funcionais encefálicas, como também por alterações estruturais que comprometem a função respiratória. São fatores que contribuem para o aparecimento dos distúrbio: sedentarismo, obesidade, tabagismo, estresse, transtorno de humor, uso de substâncias estimulantes ou medicamentos. Os distúrbios do sono podem incluir transtorno do sono não REM (fase do sono profundo), transtornos do sono REM, insônia inicial ou de manutenção, atraso ou antecipação de fase, pesadelos, terror noturno, transtorno comportamental do sono REM e narcolepsia. A história clínica do paciente e exames neurofisiológicos ajudam o médico neurologista no diagnóstico.

Doenças desmielinizantes

As doenças desmielizantes podem comprometer tanto o sistema nervoso central quanto o periférico. A Esclerose Múltipla (EM), a Neuromielite óptica (NMO), que acometem o sistema nervoso central, e a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), que compromete o sistema nervoso periférico, são doenças desmielizantes. Basicamente, esse grupo de doenças danificam a camada de mielina que reveste as células do sistema nervoso. Os pacientes que apresentam EM e NMO podem apresentar alterações de acuidade visual (neurite óptica), como também alterações medulares, que englobam disfunções motoras, sensitivas e autonômicas. Os indivíduos com SGB classicamente podem apresentar perda de força muscular de membros inferiores, que inicia pelo pés, evoluindo com comprometimento de caráter ascendente, acometendo os membros superiores e a musculatura respiratória. O médico neurologista é o especialista recomendado na avaliação de paciente com suspeitas de doenças desmielinizantes.

Dor de cabeça

A cefaleia ou dor de cabeça está entre as queixas mais comuns ao médico neurologista. Para parte da população, a dor de cabeça é um problema de saúde significativo. As cefaleias podem ser classificadas como primárias ou secundárias. Dentre as dores de cabeça primárias, as mais comuns são a enxaqueca (migrânea) e a cefaleia do tipo tensional, que também são as causas mais comuns de ausência de indivíduos tanto na escola como do trabalho. As cefaleias são secundárias quando relacionadas a outras doenças, como traumatismos cranianos, doenças degenerativas da coluna cervical, dores miofasciais crânio-cervicais, malformações vasculares, neuralgias cranianas. O médico neurologista possui um papel fundamental na avaliação dos indivíduos com cefaleia, orientando sobre a investigação adequada, tratamento e acompanhamento.

Epilepsia

As epilepsias acometem 1% da população mundial, englobando indivíduos de todas as idades. Podem ser de origem genética ou adquiridas ao longo da vida. Apresentam-se de forma bastante variada, que incluem crises de movimentos bruscos nos membros superiores e inferiores, associadas a perda do nível de consciência, como também com sintomas menos exuberantes que incluem parada comportamental, movimentos sutis de olhos, lábios e faces, alterações de sensibilidade e alucinações visuais. Os indivíduos com epilepsia podem apresentar comprometimento cognitivo em graus variados e distúrbios do desenvolvimento neuropsicomotor, que impacta ainda mais sobre a qualidade de vida. O médico neurologista possui função essencial relacionada ao diagnóstico do tipo de epilepsia, orientando os pacientes quanto às possibilidades de tratamento e ao prognóstico.

Neuropatias periféricas

As neuropatias periféricas também estão entre os motivos mais comuns de consultas ao médico neurologista. Os sinais e sintomas da neuropatia periférica dependem principalmente do nervo que foi lesado, podendo apresentar-se com fraqueza, alteração do tônus muscular, câimbras ou outras formas de contrações musculares involuntárias, além de alterações sensitivas tipo dormência, formigamento, queimação, agulhadas e ferroadas. E podem ocorrer com disfunções autonômicas, que incluem alteração de cor, temperatura e edema dos membros. As neuropatias periféricas podem comprometer tanto os membros superiores quanto os inferiores, como também os nervos cranianos, gerando fraqueza nos músculos da face, dores orofaciais e cranianas ou alterações na movimentação dos músculos externos dos olhos. A intensidade dos sintomas pode exercer impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos. O médico neurologista possui papel fundamental na investigação clínica, podendo lançar mão de exames complementares laboratoriais e neurofisiológicos, com isso possibilitando tratamento adequado da doença.

Tontura e Vertigem

Tonturas e vertigens são a segunda maior causa na busca por um médico neurologista. Podem apresentar-se de várias formas, como sensação de tontura não rotatória ou de caráter rotatório ou escurecimento visual ao mudar a posição corporal ou também como se estivesse oscilando o tempo todo. Pode ser de curta duração ou prolongada, crise única ou recorrente, leve ou intensa, acompanhada de náuseas ou vômitos. Além de sintomas semelhantes a outras queixas neurológicas, como zumbidos, alterações da acuidade auditiva ou de outras funções de nervos cranianos e disfunções neurológicas centrais. Dentre as causas mais comuns para tonturas e vertigens, está a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) e o AVC de região bulbar dorso-lateral. A principal função do médico neurologista é diferenciar os sintomas de tontura/vertigem de origem do sistema nervoso periférico dos de origem do sistema nervoso central, garantindo o melhor tratamento dos sintomas, correção das causas e prevenção de recorrências.

Transtornos do movimento

Os transtornos do movimento incluem os distúrbios hipercinéticos ou hipercinesias e os distúrbios hipocinéticos ou hipocinesias, no qual os primeiros aumentam a quantidade de movimento e os segundos a reduzem. A Doença de Parkinson é a principal representante dos distúrbios hipocinéticos ou hipocinesias. Devido a heterogeneidade das apresentações, o médico neurologista é fundamental para avaliações pormenorizadas de pacientes com esses distúrbios. Os movimentos involuntários podem afetar o desempenho diário dos indivíduos no cotidiano, impactando na qualidade de vida.